domingo, 19 de dezembro de 2010

Dor é desejo ( frase do Budismo )

Dor é desejo... nunca senti fogo tão ardente quanto esse desejo,

esse ódio alegre que arrepia todo o meu corpo, ódio, destruição

vou contruir a destruição, e gozar com o caos!

Sinto a pele cada vez mais quente, e no espelho, vermelha como pimenta, ardo como o fogo do

inferno, sou o próprio demônio.

Desejo é dor, dor é desejo, eu quero desejo, quero dor...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Stand up comedy dramática

  Quando seu coração é rejeitado por seu amor, você quer esquecer aquela pessoa. Você acorda um belo dia e percebe que todas as músicas que tocam na rádio falam sobre o amor. E então, você odeia o mundo, e começa a procurar terapias como Hipnose e pnl( programação neuro-linguística).

   Você tem um amigo que aprendeu a comer cocô com pnl. Você foi na casa dele e ele serviu arroz com feijão para todos os convidados, e no próprio prato havia cocô. Mas você não consegue usar isso pra esquecer uma mulher.

   E aí você se pergunta: Cadê a técnica? Cadê a técnica desse maldito mundo, onde um ser humano não é praparado pela educação pra esquecer outro ser humano.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Narcosexo

   Uma onda de tráfico começou pelo Rio de Janeiro. Não um tráfico comum, não o tráfico costumeiro, mas sim o sexo-tráfico. Nem preciso dizer que só mulheres o traficavam, e alguns gays eventualmente, heterossexuais não tinham demanda ( pelo menos não demanda assumida ).

   Com o passar do tempo o número de viciados aumentou, e a cidade ficou cada vez mais descontrolada. Preocupado em perder o Rio como cidade-sede das olimíadas de 2012, o prefeito mandou o bope, a CORE, o exército, a Marinha, a Aeronáutica, o morro do Turano, os irmãos metralha etc, para o Complexo do Alemão. A FIFA pressionou, então o Governo mandou também a polícia Canadense e a Al-Qaeda. Com isso, aos poucos, os sexos ( Atenção, daqui em diante, esta história será apenas ficção) foram sendo recuperados e legalizados, vendidos em pequenas doses nas farmácias. Assim todos os viciados em sexo não seriam mais presos no Centro ( caso recente no IFCS) fumando uma mulherz... digo, comendo uma mulherzinha na faculdade. E com o tempo, após 2016, o Brasil se tornou membro da cópul... digo cúpula da ONU em combate ao narcosexo. 

   E hoje, todo  o tipo de sexo é legalizado, inclusive o crac... digo, a dupla penetração. Porém, estupros em via pública não são admitidos. Ah... e se você pegar alguém estuprando a sua mãe, você só pode denunciar se o rapaz tiver menos de 35 anos.        

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cotidiano ilustrado

    "Com o aumento da piranhagem nas ruas do Rio de Janeiro, muitos jovens começam a ficar excitados em situações constragedoras como: comprar batatas, comer sorvete e embalar brinquedos. Cotidianamente, o cu anda cada vez mais cobiçado nas avenidas cariocas, e nas praias onde o que se vê é um caos generalizado de lordoses, e bundas gordas: um verdadeiro Freak show: um verdadeiro encontro dos profissionais do circo"

   Rafael, ao acabar de ler a notícia acima, pensa consigo mesmo: Será que o aumento da piranhagem produz preguiça nas mulheres?! Ou será que a genética é a causa do Freak show tropical?! E como elas lidam com os membros excitados pelas ruas?!

   Após essa série de perguntas, se entretem em uma sequência muito racional de conclusões: 


   Os jovens ficam excitados enquanto comem sorvetes: sorvete sendo chupado lembra boquete, logo olhar os cus e ficar excitado enquanto se chupa o sorvete ( se paga o boquete ), é algo gay: Primeira conclusão.

   Segunda conclusão: Sorvete existe muito na praia, e como as pessoas associaram sorvete a homossexualismo masculino, só as mulheres e os gays compram sorvete, fazendo com que todas as mulheres e gays fiquem gordos, explicando o grande número de bundas flácidas na praia, já que sorvete é rico em gordura trans.

   

   Após ter essa série de raciocínios totalmente baseados em lógica científica, Rafael vai à praia. Lá caminhando percebe que existem mulheres magras feias, magras gostosas feias, magras gostosas bonitas,  e gordas gostosas bonitas, gays saudáveis, etc... enfim! Ele percebeu finalmente que o mundo não é tão lógico assim...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Futuro no presente

  "O encontro do passado com o futuro é muito chocante. É chocante, o passado vem à tona, e porque ele vem à tona, você se reconhece no futuro e não exatamente no presente. Depois, você volta pro presente, e percebe o merecimento. Você mereceu isto. E se ajoelha pra agradecer a si mesmo pelos próprios feitos. Esse respeito por sua figura do passado te redimirá, e seu futuro tenderá a glória!"


    -Assim, crianças, dizia o mestre do meu mestre.

   Após a aula, saí para dar uma volta na cidade turbulenta. Comi uma salada industrial bem gostosa, e saboreei os ventos das proximidades de um parque. Dei uma volta pelo Oi futuro, onde tinha uma belíssima exposição de bolas 3D E relaxei numa sala escura onde tinham almofadinhas...

   E assim segui a minha vida...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Contos bíblicos na Real - Parte I

   "A luta está difícil, de tempos em tempos, não somos nós que escolhemos escolher. É difícil decidir a não-decisão, e esperar a ação. Mais fácil seria agir na não-ação."                       

                                                                                                                       Mestre dos ventos


   Há muito tempo havia o nada. E do nada vieram: o fogo, os ventos, a terra e a água.

   Abel, irmão de Caim, andava tranquilamente pelos campos, e a terra lhe disse: Cuidado, Caim vai enfiar-lhe a faca. Não deu outra. Abel com a faca enfiada em seu anus, disse: Oh, por que fizeste isso irmão? A terra me contou, mas não acreditei...

   Mentira n°1: A terra não fala

   Mentira n°2: Alguém com uma faca no cu nunca diria: "Oh!!", no mínimo um "desgraçado" Abel soltaria.

   Versão Real: Abel andava tranquilamente pelos campos e fez um chá de cogumelo alucinógeno, assim, escutou a terra falando com ele, e exclamou: Puta que pariu, que porra é essa?! Berrou, e ficou cinco horas esfregando o anus no chão. Para aliviar-lhe o sofrimento, Caim, que não é bobo nem nada, enfiou a faca em seu cu, no que Abel grita:

   "Filho de uma puta!!! Seu filho de uma puta!! Filho da puta!! Filho da puta!! Seu filho da puta! Filho da puta!! Filho da puta!! Filho da puta!"

   E morreu na sétima hora, com um incrível jato de sangue saindo pelo cu que durou sete minutos e sete segundos.

   Caim foi embora viver 932 anos... er... 65 só, na verdade. Naquela época não existiam muitos remédios...

   Caim fudeu sua mulher sem camisinha e se fudeu, pois mesmo espancando a barriga dela, nasceu seu primeiro filho: Henoc. Mas como era rico pra caralho, porque era o único homem fora seu pai Adão, construiu uma cidade com o nome do aciden... er... filho. 

   A primeira cidade depois do paraíso da serpente filha da puta: Henoc.


   Continua...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Perspostas

   -Por que, pra que, pra quantos, quantos, como, onde, cadê?

    E eu respondi:

   -Porque, pra que, pra quantos, quantos, como...      onde e cadê!


   Logo vi que poderia saber todas as galáxias com seus pormenores de cor, e estudar todas as classes de peixes existentes, mas nunca pararia de responder a pergunta com a própria pergunta.

   Tudo sempre foi tão óbvio pra mim... 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Re(flexão)gresso

Pensava que se perdesse tinha que andar de cabeça pro chão.

Perdeu. Sua cabeça olhava pro chão.

Até que um dia descobriu que podia perder.

Perdeu. E sua cabeça se manteve na mesma altura da cabeça das pessoas de sua altura da mesma calçada.

Regressão.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dia triste: 6 de outubro

Meu cansaço é tanto que o desejo não é nada perto dele

Estou cansado do desejo

Estou cansado de tanto reprimir tanto desejo 

Reprimi tanto o desejo que não tenho desejo nenhum 

Reprimi tanto que não tenho mais desejo

Reprimi tanto, que desejo tantas coisas

Reprimi tanto, e desejo tantas moças

Será que moças me desejam?!

Será que em meu reflexo elas me beijam?!

Reprimi tanto, será que as moças do meu beijo

me desejam? Será que eijão, os beijam?

os deixam, desejam?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

elA via

Vazio

Vazio me sinto, minto

Vazio não me sinto, minto

Sou vazio, minto mas com um porém

Com um todavia, um apesar de, um mas, um peraí um pouquinho, um carinho da espera de quem lê/ ouve.

Sinto seu carinho sem o saber.

Vazio de cheio, e recheio.

Cheio de vazio: a parte do bombom de fora, oras. Como explicar? A camadinha que cobre o recheio, vocês sabem...

Sei lá não me vem nada agora até porque estou vazio esqueci até a pontuação não tenho solução parece que a reflexão se nega palavras compras consumo sociedade loucura ilusão vejo um monte de coisas cujos preços presto atenção.

Rio: de passarelas a brilhar no ruído: campos defecados das naves de repouso do futuro do Rio de Janeiro. 

Quina de escape dos saltos-desmarques, quimos.

terapia.

Algeguês. Portemática.

Ela via. E clara era a presença do que via. Tudo que via era a via. Mas como a vida, não via mais do que vida, ou via. Ria, da vida, que ria e ouvia. Mas como não rir diante de tamanha obviedade complexa? Como não chorar com tais manuseios disferidos. Vontades desperdiçadas, anti-catarses. Anti-vida.

Ela via tudo, e não via nada. Mas via a via cheia de carros. Ela, janela. O choro cheio de carros. Menina vazia: a rua cheia de vazos: a casa cheia de carros.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Gozar é...

Bora Bora Bora galera! BORA TRANSAR!! BORA GALERA É SEXO DE MASSA!! É SEXO POVÃO! BORA TRANSAR, ENQUANTO PODEMOS HEIN!!!! HAHAHAHAHAHAHAHAHAAH!!!!


Sexo é viciante e sufocante, quando você vê tá tremendo de sexo! Tá tremendo de tanto fazer sexo. Cansado de fazer nexo, sexo. Cansado de transar o sexo da maneira como queria transar a vida, sexo. Cansado. Eu também me cansei de cansar, sexo. Cansei de me cansar sexo. Cansei de chorar sexo. cansei de sexo. Sexo. Sexo. Sé...


"O ser", intrasferível enquanto sujeito, perfeito enquanto indivíduo totalitário do dualismo. 

A metáfora dos dias é você. Eu. Você não é levado a sério. Vai se fuder. Eu. Ninguém.

Que nojo de mim mesmo. Nojo do sexo que eu faço. Não sei se é culpa cristã, mas fazer sexo todo dia me dá um descompasso, uma fraqueza, tristeza. Eu odeio a minha tristeza e a mim mesmo, estou do avesso. Não tenho mais sexo, já gastei todo o que eu tinha. Gastei minha respiração e a minha alma pensando em sexo. Gastei o meu corpo e camisinha fazendo sexo. Cansei de sexo. Cansei de cansar. Cansei de gozar e de cagar. Não quero nunca mais cagar, nem gozar. Não quero mais expelir nada do meu corpo, quero que tudo fique aqui me preenchendo. São meus. Meus vômitos, minha urina, minhas fezes, meu esgoto funcional. Minhas telas, minhas almas, meus peixes e frutas, meus macarrões. Minhas palavras que não saem, meus pensamentos que me apodrecem, minha alegria que envelhece quando não sai na risada. Minha poesia, minha alegria, minha cagada.


Cagada, gozada cagada, cagada gozada. Casada

Gozando cagando gozando cagando gozando cagando

cagando cagando cagando cagando cagando cagando cagando

gozando gozando gozando gozando gozando gozando gozando

vomitanto vomitando vomitando vomitando vomitando vomitando

Não vomito mais

cagando cagando cagando cagando cagando cagando

gozando gozando gozando gozando gozando gozando

cagando cagando cagando gozando gozando gozando 

cagando cagando gozando gozando cagando

cagando gozando cagando

cagando gozando

casando

casar:












quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Brasil: seus ânus quero ver passar

Vagabundeando no colo do nada
vamos vagabundear!!
na faculdade, lugar de vagabundeação
vagabundeia a patricinha, vagabundeia o cuzão

Poesia de todo dia em ação
ação do dia de um cidadão
cidadão brasileiro por que não?
que não lê livros, na farmácia compra sua recreação

Toma um lexotan pra relaxar
mastiga, peida, na hora do jantar
janta cocô pra variar e
come farinha na hora de ninar

Acha que é americano
houve beyoncé cantando no embromation
como se no centro da cidade maçã ( da apple nation) estivesse
tanto é verdade como essa rima

Eis o grito do vagabundo!!
aquele que pede e implora o mundo de uma só vez
pra todos os colonos e defuntos que morreram
mortes causadas por vários burguês!

Estadunidense é cheio de orgulho
suas inteligênça quebru us muro des vergonha

Burgueses que me fizeram analfabeto
perdi o chão e nasci sem teto

e o foda do país é a maconha (?!)

fodi com pobre, feijão meu prato predileto
prazer meu nome é Lisberto

Comi a língua do meu filho no almoço
o seu cérebro era caroço
amputei uma perna e quebrei o pescoço
prazer meu nome é moço

moço brasileiro
moço do Brasil
moço, isso mesmo
você, por favor, vai pra puta que te pariu

já matei um, já matei mil
prazer meu nome é jeremias
já morri um, já morri mil
prazer o meu nome é Brasil

Ah!! Mas nossas línguas são mais línguas!!
E nossas terras mais palmeiras!!
é... mas nossos anos são mais ânus!!
e nossas filhas são umas crackeiras!!!

Ah!! Mas nossos cus são mais cus!!
E nossas pirocas muitos mais piroqueiras!!
E nossos bosques tem mais virgens
e dessas virgens nenhuma não deu pela vez primeira!

Ah!! Mas Brasil é pra vida inteira!
E Swing se fuma de piteira!!

Ah!! Mas nossas terras têm mais safadas, e as safadas daqui também comem caviar
Sim, as piranhas daqui cobram como as de lá

Minha terra tem mais nuvens, mais fruteiras, mais fiados
Ah que saudade da minha terra!
As dores daqui não são como as de lá!
E aqui não tem suco de maracujá!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Melancolismo

Deixei você cantar pro seu mundo ficar Odara!

E, vi que nesse negócio de cantar você é melhor que eu...

Eu amei. Amei como se nada. Amei você.

E você...


Olha cada pedacinho de mim

Mede qual parte é tua

traços e centímetros não medidos são meus

o resto é dela


São ela, é elas, me delas, mi vela

mim nela, cadê ela

de ladinho em meu ouvido bateu um vento

falando que ela seria minha um dia


Disse que nas luas novas as rosas novas não fugiam mais

mas elas se escondiam ainda

não tinham tantas lindas mais nas ruas, ou na rua

na luas... Procuro todos os dias a que eu vejo num único dia



Não há esperança pro meu coração partido

sei que está se preparando-se pro seu ferimento-se

antecipando a cicatrização, o medo

meu corpo criou a cicatriz antes de ela aparecer, só pra me curar mais cedo


Você não me contou nenhum segredo

No fundo eu sabia desde o início

você não era um comício ou um orifício fácil

era um lugar pra eu ficar de vez em quando


duas horas da madrugada, noites, mulhere des pele


À flor da pele tem pele

à flor do cu tem merda

aflora toda a dor na morte enriquecida de antecipamentos perdidos

inconsciente coletivo


Jung

Freud

foda-se


Não se despede sem um não.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

... o homem mais gay do mundo, meu pai.

   Lá estava ele, sobre aquele vórtice de almas( e todos os caras que um sujeito normal tem que matar em um filme Holywoodiano de artes marciais), olhando para o nada no topo de uma estranha escultura gigante cinza e todo o tipo de céu que você quiser imaginar( Azul com nuvens, azul sem nuvens, amarelo, azul com o pôr do Sol, azul com o nascer do céu, escuro, negro, vermelho, etc).

   Diferentemente de outras histórias, no final dessa,( que não era o final, ou era, como quiser) o herói não tinha achado sua moral( ou sua, como queira). Ele havia superado o seu Shifu "maligno" e matado todos os "comparsas maus", e lá estava olhando para o nada (Ou Sol, ou Lua, ou o que você quiser, porra!!). Vazio, como só um guerreiro após treinar 30 anos consecutivos, e dar o propósito todo da vida para uma ação de no máximo 30 minutos, pode se sentir. Estava seco, morto e vivo, transcendendo e enlouquecendo. Queria poder reencontrar seu mestre agora, e dizer- lhe que seu pupilo era um monstro. Mas não podia. Shifu estava morto. Morto... morto... morto... morto...

   O corpo sem alma então cai sobre as escadarias do gigantesco monumento cinza, combinando os quiques e as alturas seu volume carnal parecia uma bola que se esticava e se tornava redonda novamente. Aos poucos, com o sangue e pedaços de carnes lascadas passando pelo ar, ele viu. Viu cada pedaço da vida dele, como podia ver uma colcha de retalhos, como podia ver um laço de fita vermelha chinês, como podia ver




( o seu cu seu filho da puta!!! PORRA!!!! SOU EU QUE TO ESCREVENDO A HISTÓRIA, BUCETA!!!!EEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUU!!! VAI TOMAR NO CU!!!!)


fotos em um álbum, e( porra, mas que merda!! Sinceramente!!!)

quando a passagem para o mundo dos mortos estava prestes a acontecer... então finalmente... finalmente...


(AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.... ESQUECI PORRAAAAAAAAAAAAAA VOCÊ ATRAPALHOU VOCÊ ME FUDEU, VAI TOMAR NO CU, VAI SE FUDER AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!


bOM... CONTINUEMOS A HISTÓRIA... eeerrrrr


Ele então foi para o inferno, e o diabo enfiou o tridente no rabo dele e disse que ele teria que ficar ali para todo o sempre, e aí ele sentiu muita dor no seu anus ( NO SEU PORRA É É É É É É É!!! NO SEU SEU VIADINHO PORRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!)


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


(Esse foi seu sofrimento no Inferno!)


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


E então se houve um eterno eco de seu próprio grito, onde os únicos sons diferentes são seu grito reproduzido de fundo e a poesia de Satanás ( feita com a ajuda de Flávia Dôria, flaviadoria.blogspot.com, e Rafael Sperling, somesentido.blogspot.com, num jogo onde um escreve três versos vendo apenas o último do companheiro ao lado e depois passa para o outro, que escreve três vendo apenas o último deste...):


   Júlia perdia fácil a paciência com o trânsito por isso fechava os vidros do carro para xingar:

-Filho da puta! Vai tomar no cu! Lágrima de cu é diarréia. Vai tomar no cu, sonâmbulo.

   Então o sonâmbulo enfiou o cabo de vassoura dentro de sua bunda toda rasgada e esporrada.

   A merda cobria todo o ambiente exalando um cheiro insuportavelmente fétido. 

   Comi com muito prazer a melancia ao lado do porco-espinho. Aquelas manhãs eram...

as mais modorrentas. Caminhava como se fosse o homem mais gay do mundo, meu Pai.

   - Sim, seu pai é mesmo um ditador!!

   Cu, isso mesmo! Cu buceta, cu, membros et tronco, veados brancos e...

negros, todos unidos em uma grande punheta celestial. 

   Afinal, qual o problema com a masturbação? É sexo com alguém que eu amo.

   Travesti de rola é cu, bucete-me se eu estiver errado

   já estou em casa





segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Seu (re)mundo em mim

Não foram os traços lindos do seu rosto ou toda a composição de seus cabelos com sua pele e seu pescoço, e toda aquela parafernália incrível criada por Deus nos tempos de Eva, Adão, Abel e Caim, que em você se prometeu mais evoluída. Embora não tenha sido também a descoberta da sua vinda em minha direção na primeira vez que te vi bonita e a primeira vez que te vi. Amor a primeira vista? Não sei. Só sei o que senti. Tensão e adrenalina, minhas tolas palavras fizeram você rir. Podia ter sido qualquer dia, qualquer outro dia comum/ engraçado onde faço todos rirem sem querer. Podia ter sido um dia onde eu estava sem graça e sem bulbo no peito. Podia ter sido um dia entediante/ entediado, onde o medo tivesse se apossado de mim, naquele instante em minha vida.

Mas não

Foi um dia estranho e contente, onde e como eu estava sorridente, sem saber direito se estava num sonho. Ouvi sua voz, ouvi a voz dos que estavam ao seu redor. Eu estava me comunicando, naquele momento com seres como se nunca tivesse me comunicado antes, como se não houvessem julgamentos ou interesses, eu estava num dia alma. Um dia segredo dos anjos, que só eles sabem qual é. Um dia tamanho de fé na vida. Sei lá, era uma espécie de acontecimento curioso que escondia sutilezas até nas unhas do pé. 

Não sei se dei conta de mim quando estava fazendo, ou se como onde conta dei de mim pra onde estava me metendo. Só sabia de uma coisa. Eu estava me metendo. Eu queria me meter naquela conversa. Eu não sabia se era por causa de você, mas com certeza aquela ânsia e medo me botaram mais pressa. Uma pressa solícita, entretanto, não diria calma, mas branda. 

Algo de mágico em seu jeito de criança, e maduro na sua canção de infância. Algo solto e expontâneo estava te circulando, e mesmo que você quisesse já tinha me botado nervoso. Aí veio algo, que fez o tempo parar por um intante, não diria brega, diria instante, mesmo.

Você perguntou o meu nome.

Estava lá, o mundo, me dando 5 segundos a mais de vida, o que durou 1 pra você dizer, me deixou vivo por mais 4. Cinco, um, quatro, os sentimentos me fazem ser por extenso se fui um número. Seu um segundo se transformou em quatro-mais-um-segundos.

Pra mim poderia ter sido naquele momento, mas por algum motivo não foi. Por alguma neurose, medo, distração de reponsabilidade. Eu não esperei o que não dava pra ser esperado, e evitei o que não pôde ser evitado mais tarde. Eu te olhei em minha lembrança e tive aquela sensação. 

Conseguia ver o mundo aos meus pés e eu aos pés do mundo. Na velocidade da luz vi algo tão lento quanto um caramujo. Vi você atravessando meu peito na velocidade de mais de um zilhão de segundos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Blues alegre

Aquele olhar que vem naquele momento exato depois de algum momento que você não sabe mais qual é

Ou então aquela música que você nunca ouviu que toca depois de umas de suas músicas favoritas na lista, e você já não sabe mais qual era a música que tocava antes, e nunca vai saber se não olhar

Aquela mulher que faz você esquecer pra qual estação do metrô você estava indo, não por que você a achou interessante, mas porque está surpreso de estar conversando com ela como se a conhecesse há anos...

A sensação de anos, de anos a mais do que os da sua própria idade, após olhar folhas de outono, de uma árvore alta e velha, com a viscosidade fixa de mel marrom cobrindo-a, caindo devagar como no outono, sem ser outono.

Acidentes que não são acidentes, coincidências idem, acontecimentos que não eram pra acontecer, lembranças, saudades, a mediocridade do ser humano diante do universo, tudo.

Verdades prontas que se despedaçam com um simples desfiar de palavras do outro lado do ouvido...

Nostalgia...   A beleza do som e da música...

Norah Jones...

Carla Bruni...

Mulheres... Ah mulheres....

Ouço a melodia de tudo em conjunto num uníssono disforme pedindo mais de mim, curiosidade explodindo de curiosidade enquanto já absorve informação

Implosão explodindo dentro da explosão


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dores da vida

É... com todas as particularidades unilaterais a serem pensadas pelos engenheiros, a dificuldade fincava-lhes o mastro sobre suas cabeças.

A missão de Ricardo era construir um edifício todo de pedra, apesar da ruína da família, do divórcio e da perda da custódia dos filhos, ele tinha que fazer o melhor trabalho de sua vida.

Um dia desses, durante o intervalo do trabalho, resolveu sentar num quiosque e apreciar a sensação de solidão aliada a uma água de côco. Parecia como beber uma vitória triste, ou uma tristeza esperançosa. Parecia estar semi-vivo na cadeira, onde seu corpo apenas se mantinha sem deslizar, por causa dos filhos, perdidos nos braços da maldita mulher com quem se casara. Por que?
Era a única pergunta que se fazia: Por que? Por que não seguiu o conselho de não se casar, por que não procurou mais mulheres pra saber escolher? Por que foi casando logo por quem estava apaixonado?

-Que merda!! Ela destruiu a minha vida com meus filhos pra sempre!! Sou mais um pai que só vai ver os filhos no Fim de semana.

Ricardo não fazia idéia de como começar um edíficio todo feito de pedra, e não sabia por que queriam esse tipo de arquitetura no meio do Rio de Janeiro:

-Não estamos em Londres porra!! A nossa história não é medieval!! Nós éramos índios, porra!! Índios!

Mas ele precisava do dinheiro. É a lei da compensação, como naquela piada:

O filho pergunta pro pai:

-Pai, o que é "em compensação"?

-Ah filho, é um conceito complicado, mas eu vou resumir pra você. Digamos que sua mãe é uma puta, logo eu sou um corno, mas em compensação você é um filho da puta!


Então, se nosso protagonista aqui está divorciado e longe dos filhos, pelos menos um dinheiro pra fazer umas viagens ele tem que ter, "em compensação", não é?

Bom... Não sabemos como foi o fim desta breve história e nem de seus filhos, muito menos da mãe, só sei que: "se a vida fosse fácil, bebê não nascia chorando"( frase de camisa).

Ricardo acaba a história cantarolando a musiquinha que aprendera com o pai:

Chegava do trabalho cansado pra caralho Hahaha Hahaha Hahaha!!!

Subia a escada e comia a empregada Hahaha Hahaha Hahaha!!!

Entrava na cozinha e comia a vizinha Hahaha Hahaha Hahaha!!!



Escrevo esse texto em homenagem ao meu falecido pai.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A raposa e o coelho

Oi, pensei em você
pensei em você ontem, e hoje e amanhã
pensei em você de manhã, o que não pensei de manhã
pensei em você, sonhando, o que não sonhei na semana passada

sonhei com você ontem e você me encontrou no mês retrasado
Te esperei retardado num canto da Terra
enquanto não havia tempo ou Biosfera
eu não era, e esperava

Oi quem é você
quantas vezes vou te ver
como vou te ver nas vezes em que vou te ver
e quantas vezes vou te reconhecer conhecendo você

O que vou ver de você em mim
E o que será de mim em você
Oi, cadê você?
Não sei, cadê eu?

De que planeta eu vim e de que planeta veio você
Eu não sabia que aqui habitavam pessoas do meu planeta ou de planetas parecidos
Pensava ser o único da minha espécie
talvez tenha me enganado talvez não, parecidos/ enganos

Enganar com enganação
como são parecidos
comer com mastigar e Maria
com João

Pé de feijão, alegria que brota do céu
E já que botei céu no poema, e esse é um poema feliz
por que não botar a palavra: pássaro? Ou a palavra: feijão?
Ou leite e requeijão na janta de café do almoço das três horas?

Por que não posso viver no Terceiro batalhão da Aeronáutica e ao mesmo tempo voar sobre
O Pais das Maravilhas de Alice
Por que não?
E caçar você pelos vales como uma raposa caçando o coelho

E me ver perdido como um coelho e quando você(Raposa) chegar perto eu viro um monstro
E te assusto
E me assusto no espelho
quando vejo o monstro que me tornei

Não sei
nãotsei
Não te sei
Não to só, sei

sábado, 24 de julho de 2010

Rascunho antigo que achei interessante

   Meus olhos eram pura carência, minha entrada nos outros olhos são a eterna procura por uma opressão mais forte do que a repressão que faço comigo mesmo.

   A procura nos olhos de outras pessoas, o olhar fixo e nervoso que não consigo evitar, é o olhar carente. Querendo atenção e carinho meus olhos se entregam sem saberem disso, caem no abismo dos outros olhos, meus olhos que não sabem olhar. Lógica que fantasia e tampa a essência, olhos de insônia, de noites sem dormir, em decadência.

   Converso com medo da ausência, antecipo ausência na presença, e me presenteio com mais ausência e solidão. Sozinho na minha cama escrevo o meu não. Sozinho na minha cama escrevo o meu não a mim mesmo. Cada sim alheio virou um não certeiro. Cada casa do meu corpo uma bomba relógio que não para de explodir.

   Sou a repressão num corpo, só tenho ela e o medo de perdê-la. No fundo não quero conte-la, a repressão, quero dete-la, mas solta-la. Não quero reprimir, mas reprimir e eu nos confundimos. O que sou eu, eu não sei, logo posso ser reprimir.

   Na eterna busca dos meus olhos vejo alguém, 

   você

   onde no poço, caio bem fundo,

   alguém

   e entro num mundo do meu interior

   seu

   nos olhos de outrem,

   meu

   teu

   estou sempre te procurando e não sei quem é.

   Se isso é dor

   cadê o amor?

   Se isso é cor cadê o sabor?

   Cadê o amor em mim, você?

   O amor por mim, cadê?

   Sou um vazio aberto a mosquitos que comem à vontade e devoram as tripas feito um cabrito comendo grama. Não faço drama, o gosto das tripas do vazio é casto.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ele, Aquele, Este e João

Ele vinha com sua coragem, na loja de penhores queria troca-la por medo, mas o dono dizia:

-o medo vale muito mais, vale tanto mais que nem com mil coragens você compra um medo.


Ele entendia o motivo, no fundo compreendia que realmente o medo valia mais. E como não podia fazer nada com sua coragem numa sociedade como aquela, resolveu mendigar...



Aquele vinha de muito distante, e trazia consigo o altruísmo, na loja de penhores queria troca-lo pela covardia, mas o dono sempre dizia:

-a covardia vale infinitamente mais, vale tanto mais que nem com dez mil altruísmos você compra uma covardia.


Aquele então entendeu o motivo, no fundo compreendeu, que realmente a covardia valia mais. E como não podia fazer nada com seu altruísmo na sociedade em que vivia, resolveu mendigar...



Este vinha de tão longe, que nem cem mil distâncias comprariam seus pés, então ele foi para a loja de penhores e trocou seus pés por nada, o dono tinha dito:
-seus pés valem tanto que nada pode comprá-los...


Este então, com nada, e sem pés, não podia fazer nada com seu nada na sociedade contemporânea, resolveu mendigar...



Um belo dia João, um humilde filho de gângsters, com intenções de ajudar as pessoas de rua, saiu com um monte de coisas numa sacola, e olhando o horizonte, percebeu ali Ele. Ficou com pena, pois via que tinha muita coragem. Pegou o medo da sacola e deu a Ele, o que fez com que Ele pudesse viver como um cidadão comum.

  Não contente com esse lindo ato, continuou caminhando durante horas pela cidade, até que avistou ninguém mais, ninguém menos, que Aquele, e disse:

-Tome, aqui esta a covardia que tanto precisa, pode me dar seu altruísmo. Aquele saiu covarde como nunca tinha se visto, e João já tinha coragem e altruísmo na sacola.

Em suas últimas horas pela cidade, após distribuir dívidas e praticar todo o tipo de maldade em prol dos mendigos, João leva um grande susto, ao se deparar com um homem sem pés, ele para diante de Este e diz: Oh!! O que aconteceu? Vejo que não tem pés, mas apesar disso tem nada em troca de seus pés, o que poderei eu fazer por você?

Então, João caminhou, e caminhou, refletiu, e percebeu que assim como aqueles mendigos precisavam de medo e covardia, Este precisava de pés. E João entendia que o altruísmo e a coragem seriam muito importantes pra si na carreira de gângster, assim como o medo e a covardia eram importantes para Ele e Aquele. Apesar disso, João só aprendeu o medo e a covardia com o pai, pois apesar das situações perigosas em que os atiradores se metiam, seus alimentos geralmente eram o medo e a covardia. E com a coragem e o altruísmo sentia algo que nunca sentira antes, a vontade de realmente ajudar alguém.

Em casa João pegou um faca e foi encontrar Este de novo. Arrancou seus dois pés em praça pública e os deu para Este. Este entregou nada a ele, agradeceu e foi embora. João ficou sem pés mendigando.

Um dia, resolveu ir a casa de penhores, chegando lá implorou:

-por favor dono!! Por favor!! Troque minha coragem e meu altruísmo por pés. Eu preciso de pés, mais do que de altruísmo, pois esse altruísmo todo vai fazer eu dar todos os meus membros. E preciso de pés mais do que de coragem, pois tanta coragem me faz acreditar em uma esperança para minha vida ordinária! Por favor!!!
Comovido
dono retira toda a coragem e altruísmo de João
e dá a ele o medo e a covardia
para que consiga viver em harmonia com a vida mendiga

domingo, 11 de julho de 2010

A faca pregada no peito dói

Os sentimentos aflitivos são contrários ao Budismo
preguei o prego no peito e a burrice no cérebro
não consigo ler, nem sentir tédio
não sei se sei amar, ou me jogar de um prédio

Ridículo é o suícidio, ridículo é o meu sentimento
reduzido a um papel de computador
com vazios espaços de movimentos
onde não vejo/ sinto/ cheiro nada

Só a falta dos sentidos pra orientar
não vejo o que escrevo agora, por isso escrevo
não sinto as teclas do computador
não sinto o tempo passar

Pela minha cegueira e azar
não sei dizer em que ano estamos
sou cego, surdo, mudo, e manco
é difícil andar com taquicárdia

Sei que as teclas não são de papel
o açúcar não é feito do mel
e eu não estou no céu
não sou Manuel, afinal

Ele foi pro céu
eu estou no Inferno
buscando água pra suprir a sede
batendo a cara na parede procurando ela

Sem ninguém, procuro ela
com ninguém planejo minha queda
e sem precisar de nenhum auxílio
caio e falho ao mesmo tempo

Pois o meio termo é que agora experimento
trago em mim o dissabor de viver
e a dor de ter prazer
vivo catando nada e querendo tudo

Então o que tenho não é absurdo
cego, surdo e mudo, sem olfato ou tato
não acho solução, mas ato falho
ato faz o que tem de fazer e me traz a lição

Caio, bato a cara, na porta da prisão em que eu mesmo sou o carcereiro, odeio o mundo, odeio a minha caixa de papelão pra botar a cabeça( meu travesseiro), ao mesmo tempo em que sou o meu porteiro, estou ali com as chaves na mão, e estou aqui com o coração no piso. sem vida, morto, ali, solto... Quero abrir a porta e ao mesmo tempo não quero...
Em cima do muro caço um rato com minha língua...
Sem sofrimento que dure pouco a gente reconstrói a roda, e sente o que todos os poetas que um dia estavam na "moda" já sentiram, ou não... aprendo aqui uma lição, a lição da emoção,
que come meu orgão bombeador de sangue que uma faca num mangue qualquer pode fazer

A faca fode toda a minha carcaça
e abre meu peito e fode minhas costelas
destrói o meu cerébro e desossa minhas canelas
a faca me fez de pão com manteiga e mortadela
o sino das seis bate, um mendigo morre, um soldado corre{ Em algum lugar do Afeganistão] Uma moça sorry, um cão late, e uma população sofre, eu escrevo, o metal balança, o eclipse do sol ocorre, a faca é uma criança[{ Mi sueñ5o es mi pad7re;:;; cos/as q;/?ue es)(cr´´ibo, mi am=or po-+r el socoYrre////////////////

terça-feira, 6 de julho de 2010

Morro quando acordo

Aprisionado pelo sistema e pelo sistema nervoso
fico nervoso, e perco a minha essência
vou trabalhar, e com decadência como
o almoço na hora do almoço de segunda-feira

Como uma prostituta dá, eu
não aprecio, eu mastigo sem riso
eu engulo com dor pela minha goela insensível
não tenho garganta nem peito

Então eu piso, no chão, de novo eu piso
e carrego minha massa corporal pelo escritório
sento em meu computador e com meus dedos eu teço
eu teclo, um novo velório de trabalho

Na cerimônia muitos estão
todos mortos pedindo um salário para o patrão
de que susto me tomo ao ver com clareza de razão
um funcionário vivo!!

Era um empregado em um cargo bem inferior ao meu
porém em seus olhos eu via, tinha certeza, eu sabia
ele sabia que seria o patrão um dia
de ver a vida assim de repente, logo me arrependi

Senti vida em meu corpo, aquilo doía mais que os alimentos descendo em minha goela,
então para elimina-la de mim,
humilhei aquele que trabalhava comigo na sala

-Empregado cheio de vida
porque não pega um café com saliva, para mim?!

E lá se foi o funcionário, segui-o
e escondido, vi-o, cuspir em meu café, como eu havia mandado
assim teria nojo da vida que daquele Ser saía
e talvez da vida estivesse curado

Quando me entregou bebi com gosto
bebi, engoli um pouco e o resto cuspi no espelho em minha própria cara, então eu disse:
-Muito obrigado!! Estava uma jóia rara!!

Aquilo me deu nojo, e morto de novo fiquei
o dia já estava no fim, para mim, um dia estranho
eu ali, há pouco vivo, e morto de novo agora
será, chegaria eu, um dia a ficar vivo, outrora

Em casa um beijo mecânico dei em meus filhos imaginários
e um sexo imaginário fiz com minha esposa mecânica
morro de noite com insônia e pela manhã acordo morto
depois olho para o relógio, levanto da cama

Tomo a ducha, como o café da manhã, leio o jornal
dirijo até o trabalho, entro no escritório, trabalho
morto

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Auto-ajuda progressista

Tudo evolui e chega a uma certa etapa. É a etapa de bater a cara, a etapa de esquecer os problemas e enfrentar a vida de frente, a etapa de derrubar a depressão e de deixar as dores nas costas.

É aquela fase em que você esquece sua vida pessoal e vê sua carreira profissional, você se transforma num Tigre que protege a matilha e os filhotes e ao mesmo tempo consegue cuidar dos problemas do escritório. É aquela fase que você diz que vai parar de fumar e para, você realmente para. A abstinência pega e você sente mais do que nunca aquele efizema pulmonar, mas você vai ao topo, e nunca desiste dos seus sonhos.

É aquela fase que tropeços, baques, e acidentes de carros não te abatem mais, a fase mais esperada da vida de um homem, é quando vemos quem é quem, que animal é que animal, você vê se é um lobinho faminto ou um leão devorador de antílopes. E nesse momento, nenhuma ferida, nenhuma dor do passado, nem perda de um membro fará você desistir.

É o momento carne por carne, osso por osso, gengiva por gengiva e dente por dente. É o momento em que não é uma bala de M16 no meio da sua costela que vai te parar num dia de trabalho. Aquele momento da sua vida que não é qualquer queda de pressão, ataque cardíaco, distúrbio neuronal, que vai te tirar do batente. Aquele momento da vida que não é qualquer hemorragiazinha interna que vai impedir você de fazer aquele jantar romântico com sua mulher.

É o momento em que não é só uma doença venereazinha que vai te deter de comer mais uma prostituta, não!! Você sobe a ladeira e deixa o sangue escorrer, mas vai batalhar pela carne das crianças. PORQUE NÃO É UMA aidsinha QUE VAI TE DERRUBAR, PORRA!!!

Aquele momento da vida que você morre pra morte e vive pra vida!!! O momento da destruição da não-vida não objetiva no sentido introspectivo do ser inserido enquanto ser sujeito a animação vital de células!!!

É a evolução!!

Porque não é uma hepatite C que te impede de trabalhar 17 horas por dia, caralho!!!! Não é uma gripezinha do frango... O que você é, um veado ou um ciclope neandertal do tempo das cavernas?!

Não é qualquer corpo de metal não identificado enfiado no seu pescoço que vai te impedir de se levantar do local do acidente, e fazer o que você tiver que fazer com o pescoço quebrado. Ou seja lá que tipo de deformação você esteja sofrendo!! Não é uma câncerzinho no saco, um tumorzinho no cérebro, um alzheimerzinho...

É como dizia nosso amigo frankestein:

"De parte em parte, eu perco as minhas partes."

É normal, quem nunca teve Lepra na vida?!

E hoje ele é o que?!

Um verdadeiro mito da história mundial!! Se é por causa de uma cabeça a menos que você não vai trabalhar, então tenha frankestein como exemplo!





continua...

sábado, 19 de junho de 2010

Pouco demais

Sinto uma falta
sinto falta da falta
sinto falta de tudo que me falta
sinto falta do frio na barriga de medo

Me sinto confiante demais
as vezes voando baixo demais
outras, apenas viajando
sinto falta da falta que você me faz

as vezes te caçando, outras te olhando
sinto falta de você demais
falta da falta que você me faz
sinto sua falta, mas mais
da falta que você me faz

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O frio das paredes

Das paredes frias da minha casa
sinto a frieza das pessoas que passaram por aqui
sinto na vibração dos canos nas paredes
que nem sei como os sinto

O bater das janelas é como o bater de seus corações
vivos e taquicárdicos, fortes e arredios
mas frios
frios como a palavra câncer que sai da boca de um médico

Frieza, como num jogo de poker em que se ganha
somos nós em Buenos Aires
Frios um com o outro
eu numa janela e você em outra, do avião

Somos nada indo pra um lugar
um grande nada querendo achar um tudo em álguem
sendo que o tudo não existe
então terminamos sendo ninguém

Ventos frios do Chile batem nas montanhas da Argentina
e eu sem você, e com os outros
sem ninguém do lado do meu eu outro
meu outro sem você que não sou eu

Sinto frio
frio em relação as pessoas
que vem com seu casaco quente de vontade
perto da minha pele escassa de desejo
morta

Ferida por uma faca sem lâmina
enfiada a sangue frio

o sangue jorra quente do meu corpo frio
sinto o jorro trio sair do meu estômago
são três esguichadas frígidas
de frio

E ali de joelhos na morte
é que me torno quente, sadio
ali de joelhos no frio
sou viril e rígido

sou rio
que escorre sangue quente
no frio

sábado, 29 de maio de 2010

Pensamento

Soluções pra mim não são soluções, são substância pra outros pensamentos, são trocas nem sempre vantajosas de vida passada por vida futura.Penso porque sou viciado em pensar.Como porque preciso comer, mas penso porque sou viciado.Agora mesmo surgiu um pensamento sobre o que escrever para o texto ficar interessante.



Esse espaço em branco foi um pensamento que eu não escrevi pra te deixar curioso e me deixar curioso também.
Porque nem eu sei o que eu pensei.

A minha cabeça me trai, quando estou num pensamento ela muda um outro que está do lado.E quando tem alguém falando é aí mesmo que estou ferrado, tenho que ralar pra caçar o pensamento verdadeiro.Agora mesmo eles estão embolados porque eu to doidão. Eu fumei muito pensamento hoje.Cheirei muita ideia.

Já fui viciado em divagações e consumidor de ironias.

Mas agora sou viciado em fumar pensamento.

Compro embalado no papelote no morro dos prazeres.Corro risco de levar uma rajada de reflexões toda vez que subo lá.Mas pra mim não importa, eu quero os meus pensamentos na minha mão direto da mão do traficante.Porque se alguém for levar pra mim, corre o risco desse entregador botar um pensamento dele ali e roubar um do papelote, substituindo os pensamentos um pelo outro.O que pode me fazer ficar dependente de pensamentos de pessoas burras ou com problemas pra falar português.Corro o perigo de ter pensamentos analfabetos.E assim iria acabar um mendigo cerebral, que fica pelas ruas catando teorias mentais no chão.Ou então pedindo um pensamentozinho pra ajudar.

Não. Eu sou um viciado convicto.Vou no morro e escolho a dedo os pensamentos que quero.Vou botar alguns aqui, mas nada de tentarem escanear pelo computador porque eu saberei e denunciarei vocês por tráfico de informação:


"Ah que bela manhã, as manhãs são belas porque são manhãs ou sou manhãs porque são belas?"

Esse é o meu pensamento de quarta de manhã, penso isso de 6:00 às 6:01, e seu estiver dormindo sonho com isso.


"Tartaruga viajante come cabra no palito"

Esse eu comprei para as férias, para os momentos de relaxamento.


"Cagar a dois é melhor que cagar pela metade"

Esse é pra quando eu quero terminar um namoro.


"Lágrima de cu é diarreia"

Esse é praqueles momentos de descontração com a galera.


"AAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh"

Pra momentos de desespero.





Enfim, acho que deu pra perceber a utilidade dos seus pensamentos na sua mais ampla utilidade, pensar. Mas como a vida não é feita pra ser teorizada e sim vivida, vou ali no morro comprar um pensamento de como viver a vida, fui.