Aprisionado pelo sistema e pelo sistema nervoso
fico nervoso, e perco a minha essência
vou trabalhar, e com decadência como
o almoço na hora do almoço de segunda-feira
Como uma prostituta dá, eu
não aprecio, eu mastigo sem riso
eu engulo com dor pela minha goela insensível
não tenho garganta nem peito
Então eu piso, no chão, de novo eu piso
e carrego minha massa corporal pelo escritório
sento em meu computador e com meus dedos eu teço
eu teclo, um novo velório de trabalho
Na cerimônia muitos estão
todos mortos pedindo um salário para o patrão
de que susto me tomo ao ver com clareza de razão
um funcionário vivo!!
Era um empregado em um cargo bem inferior ao meu
porém em seus olhos eu via, tinha certeza, eu sabia
ele sabia que seria o patrão um dia
de ver a vida assim de repente, logo me arrependi
Senti vida em meu corpo, aquilo doía mais que os alimentos descendo em minha goela,
então para elimina-la de mim,
humilhei aquele que trabalhava comigo na sala
-Empregado cheio de vida
porque não pega um café com saliva, para mim?!
E lá se foi o funcionário, segui-o
e escondido, vi-o, cuspir em meu café, como eu havia mandado
assim teria nojo da vida que daquele Ser saía
e talvez da vida estivesse curado
Quando me entregou bebi com gosto
bebi, engoli um pouco e o resto cuspi no espelho em minha própria cara, então eu disse:
-Muito obrigado!! Estava uma jóia rara!!
Aquilo me deu nojo, e morto de novo fiquei
o dia já estava no fim, para mim, um dia estranho
eu ali, há pouco vivo, e morto de novo agora
será, chegaria eu, um dia a ficar vivo, outrora
Em casa um beijo mecânico dei em meus filhos imaginários
e um sexo imaginário fiz com minha esposa mecânica
morro de noite com insônia e pela manhã acordo morto
depois olho para o relógio, levanto da cama
Tomo a ducha, como o café da manhã, leio o jornal
dirijo até o trabalho, entro no escritório, trabalho
morto
3 comentários:
É, porra, cospe no café dele!!!!!!! E come a mulher mecânica!
Cospe na mulher dele e come o café, mecânico!
o pior é que a gente se acostuma com isso tudo por conveniência. mas não devia.
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